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17/04/2018


Viviane Carrijo


Assédio sexual: resquício da cultura machista

Apesar dos avanços no campo da sexualidade, o assédio sexual ainda é um assunto que representa um tabu para vir à tona. Muitas mulheres são abusadas, mas algumas estão tendo a coragem de denunciar, desafiando o medo de ser julgadas pela cultura machista, que se impregna nas relações sociais. Esses fantasmas precisam ser exorcizados –   para impedir que tais crápulas fiquem impunes.

O assédio sexual é uma realidade que atinge as mulheres de todas as idades, classes sociais e raças.  Ele age com seu método perverso para assediar as mulheres: nas ruas, nos transportes públicos, nas escolas, nas universidades e dentro de seu próprio lar. E o mais hediondo, que as mulheres precisam encarar, é assédio sexual no trabalho, uma atitude abusiva, que viola os direitos humanos das trabalhadoras do setor privado e público.

As consequências que o assédio sexual produz no corpo e na alma das vítimas são gravíssimos, provocando vários sofrimentos: depressão, crises de choro, déficit na memória, desânimo, solidão, perda da autoestima, náuseas, relutância de dormir, sudoreses, calafrios, dificuldades de respiração, pânico, etc. Esse conjunto de doenças físicas e psíquicas podem contribuir, até mesmo, com o ato desesperador do suicídio.

Mas hoje as mulheres vítimas do assédio sexual têm condições de dizer um basta a esses pulhas, não interessa se eles são ricos ou pobres, famosos ou anônimos, empresários ou trabalhadores, negros ou brancos. As vítimas de assédios dispõem de direitos garantidos de forma confidencial e a proteção está perto: na delegacia local, no Poder judiciário, no Ministério Público, na família, no movimento de mulheres e conta com apoio da mídia.

O assédio assexual é um instrumento de poder de homens débeis sexualmente, que criam um ciclo de mal-estar em todos os níveis: as mulheres por serem ofendidas pelos abusadores, as famílias por serem constrangidas, as testemunhas por serem expostas, as empresas por terem que pagar indenizações e arcar com os escândalos, que envolveram a sua imagem.

As mulheres precisam assimilar, mesmo não sendo fácil, que o processo de assédio sexual jamais é culpa delas e nunca foi uma roupa ou uma atitude que as fizeram sofrer os abusos. Mas dos assediadores sexuais, que nada mais são do que canalhas decadentes, resquícios da cultura machista e misógina, que não é mais escamoteada pela sociedade.

Disponível em: https://www.psicologiasdobrasil.com.br/assedio-sexual-resquicio-da-cultura-machista/ Por Jackson César Buonocore- psicologia jurídica

 Assédio no Brasil: consequência histórica ou falta de informação?

Após a Segunda Revolução Industrial, o papel feminino se tornou mais evidente na sociedade, onde grande parte das mulheres deixaram de ser apenas a “DONA DO LAR”, passando a ser funcionárias de grandes indústrias, embora ainda enfrentassem bastante preconceito, inclusive de seus familiares. Com esse desenvolvimento, foram surgindo novas tecnologias, que cada vez mais inseriam as mulheres no mercado de trabalho, e estas não se deixavam vencer pelo preconceito, se capacitando enquanto o mundo sofria as consequências da GLOBALIZAÇÃO.

Com a Globalização mundial, as mulheres ganharam autonomia, mas isso não foi motivo suficiente para acabar com o preconceito que ainda persiste nos dias atuais. Embora hoje a mulher tenha se tornado independente, podendo fazer suas próprias escolhas, ainda existe aqueles que acham que lugar de mulher “É NA COZINHA”.

É devido a esse pensamento retrógrado – definindo a mulher como um ser inferior ao homem –  que atualmente muitas mulheres sofrem com o assédio desses, dia após dia, nas ruas, no trabalho, no Brasil e em diversos lugares do mundo. O que é considerado pelos agentes um elogio, para a vítima não passa de um comentário desnecessário, um insulto. Alguns, mais ousados, vão além dos comentários, tocando-as sem a autorização destas.

Uma consequência da globalização é que atualmente temos acesso à informação de maneira fácil e rápida, porém as notícias que soam aos nossos ouvidos, não é nada agradável! Diariamente, vemos em rádios, televisão, jornais e até mesmo na internet, notícias sobre vítimas de assédio, como por exemplo o caso da indiana, que ao entrar em um ônibus na Índia, foi violentada por vários homens…, mas o Brasil não está fora dessas manchetes!

Atualmente vem sendo noticiado o assédio que mulheres e adolescentes sofrem dentro dos metrôs da grande São Paulo. Homens que não têm medo de esconder o rosto, abusam dessas pessoas, utilizando as mãos e fazendo gestos considerados obscenos. Contudo, aqueles que estão a sua volta, fingem que nada está acontecendo, fazendo com que a impunidade só aumente.

A negligência da população com esses casos faz com que surja um questionamento: Esse desrespeito com as mulheres é uma consequência histórica, falta de informação ou falta de atitudes que eliminem esse perigo diário?

Embora haja uma lei, que define assedio como CRIME, muitos brasileiros não sabem que esse crime é caracterizado desde a simples “cantada” até o contato físico, quando não há reciprocidade. Além disso, a mudança de postura que a mulher sofreu desde o século XIX até o século XXI, parece ainda incomodar muitos homens, que justificam o assédio pelo modo de vestir das mulheres – que deixaram de usar trajes mais “recatados”, como vestidos longos e cheios de panos, utilizando roupas mais curtas e mais justas, como mini saias, shorts – … Logo, medidas que interfiram nesse comportamento masculino, devem ser tomadas imediatamente, com a iniciativa do governo, de escolas e das próprias mulheres – vítimas, familiares de vítimas, etc. – para que esse índice tão desastroso seja eliminado.

O governo deve apoiar essas pessoas, incentivando a criação de campanhas, que atinjam principalmente os veículos de comunicação, para disseminar a ideia em todas as classes sociais e faixa etária. Não adianta a TV, o rádio, os jornais noticiarem fatos do dia a dia, se não há um apoio a essas vítimas, para que a conscientização seja feita. Além disso, é importante veicular também que existe uma LEI que criminaliza o assédio, para que todos saibam o que esta palavra significa.

As escolas têm um papel importante na conscientização de jovens e adolescentes, que podem estar sofrendo com isso e não sabem que é um crime. Campanhas dentro da instituição de ensino, que promovam o diálogo entres os alunos e a família são importantes para diagnosticar casos e também preveni-los.

Contudo, para que essas iniciativas de prevenção sejam realmente eficazes, as pessoas que sofrerem algum tipo de assédio, devem dar o exemplo para a sociedade! Levar esses casos para a polícia é de extrema importância. Se “calar” não é o mais certo a se fazer, pois o agressor poderá fazer com outras, e sempre ficará impune.

Disponível em: https://fragilmente.wordpress.com/2015/10/01/a-cultura-do-assedio-no-brasil-redacao-para-enem/ Por Talyanny Fernandes

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